Transplante de órgãos: a importância da doação

transplante de órgãos

O assunto é muito importante: o transplante de órgãos. Setembro marca o mês de sensibilização da sociedade sobre a importância da doação de órgãos e tecidos. No Brasil, mais de 40 mil pessoas aguardam por um transplante e, para muitos destes pacientes, essa cirurgia é a única alternativa para sobreviver. Todos os anos, milhares de vidas são salvas com esse procedimento.

Atualmente, mais de 43% das famílias de possíveis doadores negam a doação de órgãos, segundo dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos. Um dos motivos para isso ocorrer é devido a falta de informação. Por isso, abaixo algumas dúvidas sobre o assunto serão esclarecidas.


Como posso ser um doador de órgãos após a morte?

A legislação brasileira atual não aceita documentos por escrito autorizando a doação. Somente a família pode tomar essa decisão após a morte. Por esse motivo, é muito importante que você informe seus familiares sobre o seu desejo.

Quem pode doar órgãos?

Existem dois tipos:
O doador em vida pode doar um rim, medula óssea,  parte do fígado e parte do pulmão (em casos excepcionais).

O doador em morte pode salvar mais de oito vidas, pois é possível doar o cora coração, pulmão, fígado, os rins, pâncreas, córneas, intestino, pele, ossos e válvulas cardíacas.


O que é morte encefálica?

Trata-se de uma condição do corpo humano em que ocorre a perda completa e irreversível das funções cerebrais, definida pela cessação das funções corticais e do tronco encefálico ou tronco cerebral. Quando ela ocorre, é caracterizada a morte do indivíduo e seus órgãos podem ser viabilizados para outras pessoas (se houver o consentimento familiar).

O paciente pode acordar da morte encefálica?

Não. A morte encefálica é irreversível. Para realizar o diagnóstico, são realizados diversos protocolos criteriosos que comprovam a ausência de reflexos do tronco encefálico. E apenas após todo o procedimento é que será possível questionar a família sobre a doação.

Quem irá receber os órgãos?

Os órgãos são transplantados para os primeiros pacientes compatíveis que estão aguardando em lista única gerenciada pelo gestor público estadual. Esse processo é controlado pelo Sistema Nacional de Transplantes e supervisionado pelo Ministério Público.

Transplante de coração

O coração é hoje o terceiro órgão mais transplantado no Brasil, perdendo para o rim e para o fígado, segundo dados da ABTO.

O primeiro transplante desse órgão no país foi realizado há 54 anos. Desde então, o avanço das técnicas e dos medicamentos têm melhorado progressivamente as taxas de rejeição do órgão. De acordo com o Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery, há alguns anos que a refeição deixou de ser a principal causa de mortalidade após o transplante. 

O transplante de coração é a única alternativa quando o paciente não reage a medicamentos ou a nenhum outro procedimento cirúrgico. O transplante cardíaco é uma cirurgia na onde uma pessoa com doença cardíaca grave recebe um coração saudável, doado por um indivíduo com morte cerebral.

O Hospital São Francisco e o Hospital da Criança Santo Antônio são centros equipados com equipe multidisciplinar especializada para o transplante de coração em pacientes adultos e pediátricos.


Referência: Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, Ministério da Saúde e Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery 

Sobre o Doutor Coração

Doutor Coração é um serviço que reúne os melhores especialistas da área cardiológica em Porto Alegre.
Localizado no Hospital São Francisco da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre e coordenado pelo Dr. Fernando Lucchese, este é um centro de referência no país, com serviços pioneiros e tecnologia de ponta para tratamentos de alta complexidade. Para mais informações, entre em contato pelo telefone (51) 3214.8100.

As informações neste site possuem caráter informativo e não substituem a consulta com um médico.

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