O transplante de coração, um dos mais conhecidos no mundo todo, teve mais visibilidade no Brasil nos últimos meses, em função do procedimento ocorrido no apresentador Fausto Silva, o Faustão.
Porém, a história do procedimento em nosso país é de muito mais tempo: o primeiro transplante foi feito por aqui no final da década de 1960. Agora, com o desenvolvimento de pesquisas, metodologias e novos medicamentos, a realidade é promissora para os pacientes com indicação de transplante, que se tornou uma esperança de recomeço.
Mas o que é um transplante de coração?
É um procedimento cirúrgico complexo no qual um coração saudável é removido de um doador falecido e é implantado em um paciente que tem uma doença cardíaca grave ou um coração disfuncional.
Antes de um transplante de coração, o paciente passa por uma extensa avaliação médica para determinar se é um candidato adequado para o procedimento. Isso envolve testes para avaliar a função cardíaca, avaliação da saúde geral e a adequação do paciente para a cirurgia.
Como funciona a lista de espera?
Se o paciente for considerado um candidato adequado, ele é colocado em uma lista de espera para um transplante de coração. Os pacientes na lista de espera são classificados com base em critérios como gravidade da doença cardíaca, compatibilidade de tecidos e urgência do transplante, além de outros fatores:
- A espera não leva em conta se o paciente fará a cirurgia em um hospital público ou na rede particular;
- A ordem cronológica de cadastro para transplante é respeitada;
- A gravidade do quadro tem prioridade. Ou seja, quem precisa de atendimento e acompanhamento hospitalar e medicamentoso está na frente em relação à pessoa que aguarda o órgão em casa;
- Tipo sanguíneo e porte físico, pois um paciente só pode receber um órgão de um doador que tenha o mesmo tipo sanguíneo que ele e do mesmo porte físico (considerando altura e peso proporcionais);
- Distância geográfica importa, porque o órgão precisa ser retirado do doador e transplantado no receptor em um intervalo de até quatro horas.4
Quando começa o transplante
Quando um doador adequado se torna disponível, os médicos realizam uma avaliação rápida para garantir que o coração do doador seja compatível com o receptor e assim iniciam a preparação do paciente que irá receber o órgão.
Fazemos assim a administração de medicamentos para suprimir o sistema imunológico e prevenir a rejeição do novo coração. Após os procedimentos iniciais a cirurgia é iniciada, com a remoção do coração do doador enquanto ainda está recebendo sangue e oxigênio.
Assim, o coração é retirado com cuidado, preservando as artérias principais, veias e válvulas. Por conseguinte o coração do doador é preparado para o transplante, incluindo a remoção do excesso de tecido e a conexão dos vasos sanguíneos.
O novo coração é implantado no receptor, e os vasos sanguíneos do doador são conectados aos vasos sanguíneos do paciente. Isso é feito com extrema precisão para garantir o fluxo sanguíneo adequado.
Depois do procedimento:
Uma vez que o novo coração está no lugar e todas as conexões foram feitas, o coração é reativado, geralmente começando a bater por conta própria. Em alguns casos, um desfibrilador pode ser usado para estimular o coração.
Já o pós-operatório exige cuidados intensivos monitorados ao vivo. Isso tudo para garantir que o novo coração esteja funcionando corretamente e para detectar qualquer sinal de rejeição ou complicações.
Após a cirurgia, o paciente passa por um longo período de recuperação, que inclui acompanhamento médico regular, uso contínuo de medicamentos imunossupressores e terapia de reabilitação cardíaca.
Depois da unidade de terapia intensiva, é iniciado um trabalho em conjunto com a fisioterapia e nutrição para, aos poucos, o paciente recuperar sua capacidade funcional.
É essencial entender que um transplante de coração é uma cirurgia complexa e envolve riscos significativos. Além disso, o número de doadores de órgãos é limitado, o que torna a disponibilidade de corações para transplante limitada.
Sobre o Doutor Coração
Localizado no Hospital São Francisco da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre e coordenado pelo Dr. Fernando Lucchese, este é um centro de referência no país, com serviços pioneiros e tecnologia de ponta para tratamentos de alta complexidade. Para mais informações, entre em contato pelo telefone (51) 3214.8100 (também whatsapp).
As informações neste site possuem caráter educativo e não substituem a consulta com um médico.